quinta-feira, 25 de agosto de 2011

OS SÍMBOLOS REFLETEM O PENSAMENTO



O Homem desde a pré-história buscou uma forma de expressar, e por meios de seus gestos, ele riscava as paredes, criava os objetos, e passava admirar. Olha o perigo, passava a adorar.  Quantas vezes lemos isto nos livros de história. A humanidade busca comunicar e expor suas idéias e pensamentos. Estas idéias muitas e inúmeras vezes se tornam símbolo de domínio sobre o outro.

O português quando chegou no Brasil, o que ele fez? Levantou uma cruz, dizendo o cristianismo chegou aqui. Simbolizando que eles vieram para dominar, no início do século XV, os nativos que habitavam a América Latina.  Os dominadores utilizam a simbologia para impor que este lugar lhe pertence. Temos que ter cuidado com os símbolos, pois, eles são ferramentas de dominância.

De lá para cá, o Brasil continua recheado de simbolismo diversificado. Os dominantes querem por meio dos seus símbolos dizerem estamos mandando no pedaço, num linguajar sobrepujante estamos dando “as cartas”.

A tendência lógica de quem está no poder, seja numa pequena comunidade, ou na repartição pública com a colocação de símbolos. Vejamos que as repartições militares que colocam os seus símbolos em suas repartições, e diga-se que são repartições públicas que servem aos vários grupos públicos e ecléticos; e que põem seu simbolismo na parede e diz aqui está indiretamente a religião que temos e “controla”. Querendo ou não haverá sempre uma tendência discriminatória e em detrimento das demais através do domínio religioso por trás dos simbolismos.

Que tal a democracia alçar a sua voz e dizer: “O Brasil é um país de todos e de todas”. De que forma entender o pensamento que perambula, até quando tolerar os simbolismos religiosos de uma religião no lugar público, isto é  pode dizer que é do “público”?, Onde se tem a linguagem formal parece permear vocabulários religiosos no serviço público em todas as esferas, tais como: “Um juiz fez um despacho....”, fazer uma “guia”, “Encaminhar este documento  às Entidades”, isto permita-me dizer, faz-se uma associação com a religião afro-descendente. Respeito à religião dos afros, todavia, o público deve primar por linguagem formal e laica. O que é do público deve ser isento de religiosidade seja na forma da linguagem e no simbolismo.

 O que fazer de um Brasil que caminha para uma imparcialidade religiosa, por não dizer, de outras religiões existentes.  O que podemos pensar na altura do campeonato em pleno século XXI, onde os dominadores do passado rebuscavam nos fundamentos que já foram destronados, por independências, abolições, rupturas e por conquistas de brasileiros corajosos e heróicos, não numa religiosidade única e enraizada de unilateralidade.

Também não defendo aqui, por exemplo, quando a religião evangélica dominar que sejam colocados os seus símbolos em lugares públicos, tais como: a Bíblia, caixas de promessas, lenços abençoados,  ou a obrigatoriedade de leitura de sermões proféticos, deste ou daqueles “grandes” do evangelho.

Portanto, o Brasil, agora, precisa caminhar por uma liberdade religiosa que expresse não a opinião de um chefe-mor de repartições, de um chefe do executivo municipal, estadual ou federal, judiciário e legislativo. A política no sentido público deverá servir indiscriminadamente a todos, independe da religião (CF) deverá ser imparcial e atender ao coletivo, ao bem público, e jamais atender as religiosidades particulares ou religiões dominantes do passado, que já passou. O Brasil precisa aperfeiçoar sua Democracia com cara nova.

Um colaborador eventual.
Um brasileiro Nato.
Élcio d’ Cunha


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